Você
que é jovem já parou para se perguntar qual a relação que realmente desempenhas
com a igreja? E você que não é tão jovem, já pensou na relevância que um grupo
de jovens tem em uma comunidade cristã?
Ou
você é daqueles que em vez de ajudar, termina por apontar, criticar e
escorraçar? Lembre-se das palavras de Jesus (João 6.37):
“Todo aquele que o Pai me dá, esse virá
a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.”
Meu
intuito não é fazer deste texto uma extração exegética, mas uma simplória
contextualização. Você já parou para pensar como nós, os mais avançados em
idade, muitas das vezes nos achamos no direito de julgar as pessoas, de dizer
quem de fato deve ou não permanecer na igreja?
Pois
é, como isto é contraditório, e esta oposição não fere o “senso comum”, mas as próprias
palavras de Jesus. O texto acima é claro e objetivo. Se Jesus não lança fora nenhum
daqueles que se apresenta a Ele, eu pergunto: quem somos nós para fazê-lo, para
abrir ou fechar as portas do céu para qualquer indivíduo que seja só pelo fato
dele não se vestir, falar, sorrir, adorar da maneira que você, dogmaticamente
julgue correta? Por incrível que pareça, alguns se julgam detentores deste
poder, porém, a autoridade que nos foi delegada foi a de pregar o Evangelho,
expulsar demônios, orar pelos enfermos, e não a de condenar. Como o
Evangelho é belo!
Diante do que previamente tem sido exposto por este signatário, há
um grupo em nossas igrejas que na maioria das vezes sofre ferrenhos ataques,
críticas e falta de amparo, mas saiba que, assim como os jovens precisam da
igreja, a recíproca também é verdadeira. Eu diria que entre ambos há uma
relação de mútua dependência. Portanto, quando você ver um jovem em sua
congregação, que pareça aos seus olhos “fraquinho”,
problemático, ajude-o, acolha-o, leia (Romanos 15.1,2). Ora nós, que somos fortes, devemos suportar as
fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.
Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo, visando o que é bom
para edificação.
É
fato que os jovens precisam da igreja, pois se trata de uma questão de
manutenção da vida espiritual, porém, a igreja também precisa dos jovens,
porque, eles são partes importantes do povo de Deus. Por intermédio da igreja o
jovem chega ao conhecimento de Jesus Cristo, suas inquietações espirituais mais
profundas são respondidas e no exercício da fé cristã encontram a verdadeira
felicidade. Enquanto o mundo oferece uma pseudo-alegria, momentânea e passageira
oriunda das drogas e da prostituição, a igreja, e quando falo de igreja não me
refiro ao templo material (casa), mas a todos nós, templos do Espírito Santo de
Deus, membros do corpo de Cristo, têm a obrigação de oferecer a Palavra de Deus
que conduz a excelente liberdade e verdadeira satisfação, o carinho, afeto e
apoio a esta parcela tão importante do povo de Deus.
Afinal
de contas, quem nunca foi jovem? Infelizmente alguns parecem que nunca passaram
por esta etapa da vida.
Precisamos
diminuir as barreiras, os ruídos de comunicação, que muitas das vezes impedem o
jovem de entender adequadamente a verdadeira natureza da igreja. Na maioria das
vezes pecamos em dois aspectos, o excesso de informações, que me parece mais um
ressurgimento das leis apodíticas (faças ou não faças) e a falta de orientação.
Temos a facilidade em aceitar aqueles que vêm de fora, em sua grande maioria
com uma vida totalmente desregrada e pervertida, e com certa facilidade
passamos a adotá-los como parte de nossa família, e DEVEMOS FAZÊ-LO. Mas, em
contra partida, temos dificuldades de ajudar aqueles que já estão na caminhada
conosco, e que por algum motivo tropeçaram e caíram. Temos, portanto, que
oferecer, indistintamente a todos, principalmente aos domésticos na fé, nosso
braço amigo, que serve para levantar e não para derrubar.
Reflita,
pense nisso!
Palavra de Deus aos Jovens:
“Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recrei-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas. Afasta, pois, do teu coração o desgosto e remove da tua carne a dor, porque a juventude e a primavera da vida são vaidades. Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: não tenho neles prazer;" (Eclesiastes 11.9 - 12.1).
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